segunda-feira, 24 de agosto de 2009

VIOLÊNCIA GERA VIOLÊNCIA
Verdadeira guerra entre jovens contraventores e policiais em Raspador


No dia 25 de julho, em Raspador, aconteceu na Praça do Mercado um fato até então inédito. Na festa do mercado dois jovens da localidade entraram em conflito com a polícia, e segundo relatos a arma de um policial caiu do coldre, sendo recolhida e utilizada por um dos jovens para humilhar publicamente o agente público em ação, pertencente à Polícia Militar.

Isso aconteceu no domingo, no dia seguinte policiais civis e militares vieram para prendê-los e se processou uma caçada digna de filmes, que durou aproximadamente 10 minutos e chamou atenção de todos na localidade. Quando finalmente prenderam os jovens, estes foram submetidos a uma surra em plena praça.

Equipe 05, Segundo Ano E - Noturno

NOTA

Dividindo opiniões e obviamente contrariando a Lei, que proíbe este tipo de ação, a Polícia Militar agiu de forma a repreender os jovens e também mostrar que as autoridades devem ser respeitadas, assim como mostrar aos outros jovens que aquilo não é exemplo a ser seguido. Pelo menos, é o que pareceria justificar a ação dos policiais.

Deveras é uma situação polêmica, que denota que o problema da violência é bem mais complexo. Para entender a violência é preciso, antes de mais nada, observar a estrutura de desigualdade que muitas vezes não dá horizontes à juventude, ou mesmo não propicia através da educação a humanização dos seres.

O que se viu na praça em Raspador foi um espetáculo triste, sintoma dos males primordiais da nossa sociedade. A juventude que é o futuro próximo da nossa localidade entregue a atividades menores, ilegais, sujeita aos rigores e excessos da Lei. E a polícia relembrando momentos nefastos da nossa História, marcada pelos desmandos dos Aparelhos de Repressão do Estado.

Todos dois, jovens e policiais, são vítimas e algozes. Os primeiros são vítimas de um sistema sem oportunidades, mas algozes por não optarem por transformar positivamente as suas vidas, cedendo a sedução da marginalidade. Os policiais são vítimas da criminalidade, mas algozes por não entenderem que exemplos de violência, por uma questão de coerência e História, não vão trazer a paz, mas suscitar mais ódio.

Professora Daiane Oliveira

3 comentários:

  1. Senhora Daiane Oliveira, VERGONHA?

    Vergonha maior é um polícial militar, pai de família, cumprindo seu dever e que devido a diversas falhas do sitema de segurança publica, como: armamento defasado, efetivo reduzido, baixos salários... Apanhar e é humilhado em frente a população.
    Desta forma, se esses profissionais de segurança publica, numa operação, levam a pior apanhando ou morrendo, a população apenas pensa: "é normal, eles ganham para isso". Se um bandido, estuprador,ladrão, vagabundo em fim, a escória da sociedade, apanha da polícia, pensa-se logo "Cadê os direitos humanos?".Eu lhe pergunto: cadê os Direitos Humanos para os políciais? Direitos Humanos é valido somente para os bandidos?
    Vocês pensam que o polícial é um super homem, que tem super poderes e que com um dedo apenas, irá dominar um transgressor da lei. Não é bem assim, ele também é humano, sua força tem limite. Além disso pensam que ele entende de tudo. Que ele é médico, advogado, psicologo, professor, guia turistico...

    Se esses "jovens" tivessem assaltado, estrupado ou agredido a senhora ou a sua familia. Tenho toda a certeza que a senhora não acharia tão "VERGONHOSA" essa ação da polícia. Acharia que foi "bem feito", o que aconteceu com eles.

    Para terminar, a polícia é o mecanismo de repressão e controle do Estado. E portanto utilizará de todos os meios necessários para cumprir esse papel, mesmo que algumas vezes possam cometer excessos.

    Quem não gosta ou fala mal da polícia, é "bandido".
    O cidadão de bem ao contrário, admira e dá valor ao trabalho dessas pessoas.

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  2. Acredito que você (anônimo) não leu direito o texto. Não há uma posição maniqueísta, bem e mal, no escrito. Pelo contrário, tento ver os dois lados do problema. Porém, um erro não justifica o outro.

    Além disso, liberdade de expressão é um direito constitucional, e não se é bandido por não concordar cegamente com a polícia. E neste caso, duvido, por exemplo, que a Corregedoria concordasse com a atuação da própria polícia.

    Outra coisa importante, caro anônimo, é que também já fui vítima da violência. Meu apartamento em Salvador foi invadido por menores enquanto dava aula, por acreditar na Educação, em Ribeira do Amparo.

    O menor era negro e morador de rua. Mas não demonizo as pessoas pelas suas falhas, tento compreender e acredito na reparação dos erros, assim como estimo muito a polícia. Além da admiração como cidadã, tenho muitos familiares neste âmbito.

    Sendo assim, releia o texto e saiba que críticar não é "ser contra", é pensar sobre. E NÃO PENSAR é uma escolha que não fiz para a minha vida.

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  3. Outra observação, o título aqui postado não é: QUE VERGONHA!!... é Violência Gera Violência. O "que vergonha" foi colocado para toda a situação.

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