domingo, 29 de novembro de 2009


LEE
(1979-2009)

Quando o poeta Fernando Pessoa, na sua poesia aniversário, diz: “No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos, eu era feliz e ninguém estava morto.”, nos leva à reflexão de como com o passar do tempo vamos perdendo pessoas, que são parte da nossa existência, transformando-nos em seres feitos de lacunas, vazios e dores. Inexoravelmente.

Ontem soube da sua partida, assim sem um aviso, um aceno, um abraço de despedida, e permaneci durante longo tempo tentando controlar as lágrimas, mas em vão. A morte definitivamente é uma violência, principalmente pelo breu de mistério que a envolve. Para onde mesmo você foi? Por que ontem? Aqui ficamos absortos, paralisados, confusos, saudosos... Impotentes!

Sei que você não queria ir agora. Logo agora que você tinha se tornado mãe dos seus sobrinhos, como me disse, logo agora que as coisas estavam todas arrumadas, e o caminho à sua frente estava repleto de possibilidades.

Dos nossos jogos, festas, risadas, desentendimentos também, afinidades, fica a sua marca na minha vida, e a certeza navalha de que não somos eternos. Cada um de nós terá o momento de seguir este caminho, não haverá escolha.

Que as coisas se ajeitem por aqui, que os nossos corações se aquietem, e que o seu espírito repouse tranqüilo. Caso haja por ai algum lugar aprazível onde se possa conversar (e quem sabe até seja permitido bebericar com os amigos), vá guardando os lugares.

Um dia estaremos todos lá.


MATÉRIA SOBRE O ACIDENTE:

 MAIS UM ACIDENTE TRÁGICO NA BR 110


Aconteceu na noite de ontem, sábado dia 28, um grave acidente envolvendo um celta e uma carreta. O celta vermelho bateu de frente com a carreta no povoado do 1001, mais precisamente na curva do restaurante de Irênio, vitimando na hora a professora Eliodória Alves dos Santos conhecida por Liu, que estava com o cinto de segurança. Natural de Barrocas município de Ribeira do Amparo, Liu era filha de Seu Alípio e dona Mariazinha. A outra passageira do veiculo, Jucineide mais conhecida como “cabelinho” sofreu apenas ferimentos leves. A carreta estava carregada com mais de 15 toneladas de milho, que foi totalmente saqueada pelos moradores e carroceiros do local. O que salvou a passageira Juci foi o fato dela, em uma ironia do destino, não estar com o cinto de segurança o que fez com que seu corpo fosse jogado para fora do veiculo. O carro ficou totalmente destruído. A professora Liu trabalhava nos municípios de Caldas de Cipó e Ribeira do Amparo e era querida por todos que conviviam com ela. A Mileniun FM e o www.arildoleone.com lamenta muito essa fatalidade e da os pêsames a todos os seus familiares e amigos.

Um comentário:

  1. Se deparou com o único mal irremediável, Mas Deus sabe de todas as coisas, fica a nós a lembrança, essa que um dia também deixaremos, espero que assim como ela, boas.

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