sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O DONO DA IGREJA E A INQUISIÇÃO

Ainda paira sobre a Igreja católica a sombra da Inquisição, quando todos aqueles que não comungavam da sua verdade, eram perseguidos, julgados, e muitas vezes condenados a arderem na fogueira. Só num período da Inquisição espanhola, por exemplo, 20 mil mulheres foram queimadas, acusadas de bruxaria.

A postura da Igreja, então, caminhava na cadência da intolerância, do terror, da violência. Arrependida, recentemente a Instituição milenar pediu perdão pelos crimes cometidos em nome da fé.

Em Ribeira do Amparo, no entanto, ainda nos deparamos com resquícios do período virulento da Igreja, na figura do seu dirigente local, que insiste em ser INTOLERANTE, PREPOTENTE, e PERSEGUIDOR, daqueles que não seguem à risca a sua obtusa verdade.

Foi assim que, hoje, no enterro de dona Edeltrudes, ele impediu a sua sobrinha, a professora Zete, de prestar uma homenagem a pedido da família, alegando que a professora é: “política”. Uma justificativa incerta, de quem parece nem mesmo saber o conceito de política.

Há algum ser humano que não seja político? Decerto o sacerdote estava utilizando o termo no senso comum, de política como sinônimo de partidarismo. Se o critério é este, há algo errado, pois o séquito deste padre, e o próprio padre, são os maiores “políticos” fundamentalistas de Ribeira.

Inclusive o padre frequenta a casa de alguns destes “políticos”, e sempre convida para serem comentaristas em diversas festividades da igreja local. Dois pesos e duas medidas?

Não fala na igreja quem é político ou quem não bajula o padre?... Se não fala quem é político, então aqui nem o padre pode falar, pois é um dos maiores militantes da política de Ribeira... Uma figura inquisitorial, que desrespeita qualquer um que ouse não comungar daquilo que pensa, como se fosse um iluminado.

Para os outros? A fogueira.

Para se ter uma idéia dos absurdos praticados por este “servo do Senhor”, ele chega a se recusar a batizar crianças cujos padrinhos não são do seu agrado (há uma denúncia com provas sobre isso, nas mãos do Bispo). Além disso, deixou no ostracismo a irmã Mellanie, humilhada e sem espaço depois da sua chegada na Igreja, que teve até mesmo de sair da casa Paroquial para viver afastada de todos numa casa na zona rural.

Por tudo isso não é de estranhar a atitude de hoje, é apenas mais uma violência, das muitas praticadas. Não é de se estranhar também que na Igreja não existam mensagens de amor afixadas nas paredes, mas mesquinhas placas acossando os fiéis a pagarem dízimos.


(A vontade do Senhor é primordialmente amar ao próximo.)

Em suma, a Inquisição se prolonga em atitudes cotidianas como estas, que nada contribuem para o exercício da pluralidade democrática.

Porém, o dono da Igreja pode ser capaz de amordaçar alguns, enquanto faz da Igreja palanque para outros, só que jamais poderá garantir de que a sua atitude estará sendo certa aos olhos de Cristo, porque desrespeito e intolerância é a negação do Evangelho, que como lindamente fala a música, Jesus veio ao mundo anunciar.

A História julgará a todos. E neste tipo de julgamento, a Inquisição já foi condenada.

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