segunda-feira, 20 de junho de 2011

MISSA EM MEMÓRIA DE SEBASTIÃO


A morte, como o sol, não pode ser encarada de frente” 
La Rochefoucauld


Aconteceu no último sábado (dia 18), a missa de trigésimo dia do falecimento de Sebastião José de Oliveira, meu pai. Celebrada pelo Padre Marcos, vindo do Colégio Marista, de Salvador, a missa falou da permanência da vida, através do amor, que nunca morre. A celebração também ocorreu em memória de Thiago, que foi sepultado no mesmo dia.

(Padre Marcos)

Acompanhei de perto os últimos momentos do meu pai, com a minha mãe, e depois irmãos. A sentença insólita do médico ainda ressoa nas nossas mentes, com um nódulo no fígado, teria no máximo um mês de vida. E nem foi tudo isso, para uma pessoa que saiu da sua casa andando e falando, e não mais retornaria. Agora ele repousa em Ribeira do Amparo, junto com a sua mãe amada, e seu irmão Francisco (Chiquitinho), de uma família paterna marcada pela precocidade das mortes. Assim foi com Josefa (mãe), (e irmãos) Zelito, Francisco, Joãozinho, Serafim, Terezinha, e agora Sebastião, meu pai, aos 67 anos. 

Nesses dias de provação, o esvair da existência à nossa frente, sem que nada pudéssemos fazer, era como se a vida ou o encanto dela, também fosse morrendo. Nos é, então, exigido o impossível, compreender e aceitar, demandas quase inatingíveis, mas únicas alternativas para que viver não se transforme num imenso lamento.

Destino de todos nós, a morte nos desafia a mente, coração, e alma. "Talvez, no tempo da delicadeza", quem sabe num lindo reencontro com aqueles que se apressaram e partiram antes de nós, entenderemos plenamente o grande sentido de tudo isso. Luz do sol traduzida em folha, em graça, em vida, em força, em luz..

Ora mais forte, ora mais fragilizada, vou colando os pedacinhos... pois costumo encarar a dor, as nossas dores, como mais uma dentre tantas, aqui no planeta azul. Assim vou procurando convertê-la em mais força, vontade e certeza, de que diante da vida e seus mistérios, apenas sementes de amor e doação nos aproximam do Divino, do lugar de paz para todas as inquietações, angústias, medos e dores. 

Não levamos nada mais do que aquilo que deixamos. E Sebastião, mais conhecido como Tião, deixou alegria, amor a vida, respeito pelas pessoas, amizade, e devoção pela família. Agradecemos a todos o apoio neste momento difícil. Seguiremos adiante, na fé e na paz!

Professora Daiane Oliveira.

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