segunda-feira, 21 de setembro de 2009

POMBAL NO VESTIBULAR


ACONTECEU:
POMBAL NO VESTIBULAR DA PONTIFÍCIA UNIV. CATÓLICA DO RIO


Questão relativa à Guerra de Canudos.

Leia com atenção os dois trechos abaixo, extraídos de uma reportagem jornalística:

 Foto: Flávio de Barros, 1897 – mulheres prisioneiras em Canudos
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O pai de João de Régis era de Pombal, ao sul de Canudos, e tinha vinte e poucos anos quando o Conselheiro passou por lá. `Ele achou bonito aquele jeito do Conselheiro, aquela amizade, aquela vivência', conta João de Régis [90 anos]. Então resolveu acompanhá-lo. A mãe era da região de Canudos e aderiu ao Conselheiro junto com os pais e as irmãs.
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E como viviam seus pais, em Canudos? `O pai trabalhava de carapina', diz seu João de Régis - `isto é, de carpinteiro, fazendo as casinhas do arraial. A mãe fiava algodão e fazia rede."
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"`Esse povo do Conselheiro respeitava muito esse movimento de igreja, de santo'. Os bispos estavam contra o Conselheiro, explica Ioiô [João Siqueira Santos, 89 anos]. Por que motivo?
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- ` As rezas dele atrapalhavam a religião.'
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Mas havia outros também insatisfeitos:
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- "O povo não queria mais obedecer os coronéis. Até para emprego, era com o Conselheiro."
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(Revista Veja, 3 de setembro de 1997, p.81)
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(PUC – RIO) Os depoimentos de João de Régis e de João S. Santos nos permitem revisitar as motivações que levaram tantos sertanejos pobres a seguir Antônio Conselheiro e a construir o arraial de Belo Monte, na região de Canudos, há cerca de 100 anos.
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a) Identifique e explique uma característica, social ou cultural, da comunidade constituída na região de Canudos.
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b) Levando em consideração as práticas coronelistas vigentes na região, caracterize os motivos da oposição de fazendeiros e autoridades locais contra o crescimento do arraial de Belo Monte.
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NOTA

Os depoimentos colhidos em Pombal são extremamente importantes para a nossa História Regional, Estadual, Nacional e também Internacional. Canudos é considerada por muitos estudiosos do Brasil e de fora do nosso país, como um exemplo de organização de cunho comunista. Lá a terra não servia apenas a alguns, mas provia a coletividade.

A questão é, como diz um dos depoimentos acima, "o povo não queria mais obedecer os coronéis". Os poderosos já não tinham o "cabresto", pois o povo se tornara perigosamente independente. Por isso a violenta repressão para com a cidade do Conselheiro, que bravamente resistiu. A última expedição, de 5 sucessivas, chegou a contar com 7 mil soldados. 

Canudos chegou a ser a segunda cidade da Bahia em termos populacionais, dizimada, não morrerá nunca para a História.

Professora Daiane Oliveira

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