Quando os adultos querem amedrontar uma criança, costumam criar seres extraordinários, perversos, e que são os responsáveis por tudo de ruim que acontece, o bicho-papão. Esse tal de bicho-papão, e tivemos muitos ao longo da nossa infância, são instrumentos perfeitos quando queremos dominar, manter o controle, desculpar as nossas falhas.
- Desculpe, criança, não trouxe aquele brinquedo que prometi, pois o bicho malvado pegou. Assim os pais costumam se justificar para com os seus filhos.
Pois é, isso de bicho-papão não se restringe ao universo infantil, apesar de lhe ser próprio. Em Ribeira, a Prefeitura Municipal para justificar sua atuação “apagada” até agora, criou um monstro destes para se explicar ao povo: é o bicho-papão da inadimplência.
Mas, o que é inadimplência? Ora, inadimplência é quando não cumprimos com os nossos compromissos financeiros. Como se resolve uma inadimplência? Ora, negociando.
Se você faz um crediário e não consegue pagar, você pode ir lá e negociar, parcelar. Em alguns casos até mesmo conseguir uma diminuição dos juros. No entanto, você tem que ir negociar e saber fazer isso. Quanto mais habilidade, mais rápido as coisas se resolvem.
Apesar de uma certa demora as coisas se resolveram em Ribeira. Isso é uma boa notícia. A Prefeitura tem como resolver tais coisas, já que por ela chega todo dinheiro dos nossos impostos. Mas não precisa ser, como diria os jovens, nenhum “ninja” para fazer isso.
Sei que virão com o discurso: “mas ninguém fez e eu fiz”!. Quem não fez ou causou tudo isso entrará para a história como larápios, desonestos, corruptos, ou o que a justiça vier a classificar. Estas pessoas não servem como referência, a não ser que você queria ser igual a elas.
No caso de Ribeira o que a gente precisa é de quem faça a diferença, não da utilização de termos não usuais como “desculpa” para as nossas incompetências ou a eterna ladainha apontando os que passaram. Não da pra mudar o passado, mas o presente sim.
Alguns pontos que se colocam é: Por que o transporte escolar é precário? Por que a Merenda Escolar não funciona? Cadê o café prometido aos nossos alunos? Por que o plano de governo desta gestão virou uma piada? Até Hipismo consta no plano, esporte caríssimo que levaria uma fatia considerável da nossa verba mensal, no primeiro cavalinho de raça que comprássemos.
Realmente, quando dizem que Ribeira é um caso para séculos de transformação, teimo em não querer acreditar. Podemos ter uma cidade mais justa e digna melhorando, principalmente, a Educação. No entanto quando vemos pessoas pautarem e alardearem as suas atuações com fogos de artifício (e depois falarei sobre eles), a partir da resolução de simples questões burocráticas, percebemos que não é tão simples assim.
Agora, por favor, vamos trabalhar mais, ter mais cuidado com os nossos jovens, as nossas crianças, os nossos idosos. Que o atual governo comece tratando bem as pessoas, inclusive pagando as promessas e mantendo as posturas da campanha. As portas que viviam abertas antes da eleição, devem estar abertas depois das eleições.
Como seres pensantes precisamos problematizar a realidade, compreender os sentidos. Quando fazemos isso, neste caso das inadimplências, notamos que transformá-las em plataforma política chega a ser ridículo. Ingenuidade tem limite.
Em suma, Ribeira precisa de projetos, e uma clara visão organizacional que promova transformações a curto, médio e longo prazo. Mas creio que os nossos políticos não costumam enxergar nada além dos seus umbigos, e não conseguem ouvir nada além de fofocas.
Quando entendermos que assim não evoluiremos, as coisas mudarão. Até lá, continuaremos acreditando que as inadimplências da prefeitura são as culpadas pelo nosso sofrimento, e não os nossos políticos.
Professora Daiane Oliveira (senhores governantes, a opinião aqui postada também foi culpa das inadimplências).
- Desculpe, criança, não trouxe aquele brinquedo que prometi, pois o bicho malvado pegou. Assim os pais costumam se justificar para com os seus filhos.
Pois é, isso de bicho-papão não se restringe ao universo infantil, apesar de lhe ser próprio. Em Ribeira, a Prefeitura Municipal para justificar sua atuação “apagada” até agora, criou um monstro destes para se explicar ao povo: é o bicho-papão da inadimplência.
Mas, o que é inadimplência? Ora, inadimplência é quando não cumprimos com os nossos compromissos financeiros. Como se resolve uma inadimplência? Ora, negociando.
Se você faz um crediário e não consegue pagar, você pode ir lá e negociar, parcelar. Em alguns casos até mesmo conseguir uma diminuição dos juros. No entanto, você tem que ir negociar e saber fazer isso. Quanto mais habilidade, mais rápido as coisas se resolvem.
Apesar de uma certa demora as coisas se resolveram em Ribeira. Isso é uma boa notícia. A Prefeitura tem como resolver tais coisas, já que por ela chega todo dinheiro dos nossos impostos. Mas não precisa ser, como diria os jovens, nenhum “ninja” para fazer isso.
Sei que virão com o discurso: “mas ninguém fez e eu fiz”!. Quem não fez ou causou tudo isso entrará para a história como larápios, desonestos, corruptos, ou o que a justiça vier a classificar. Estas pessoas não servem como referência, a não ser que você queria ser igual a elas.
No caso de Ribeira o que a gente precisa é de quem faça a diferença, não da utilização de termos não usuais como “desculpa” para as nossas incompetências ou a eterna ladainha apontando os que passaram. Não da pra mudar o passado, mas o presente sim.
Alguns pontos que se colocam é: Por que o transporte escolar é precário? Por que a Merenda Escolar não funciona? Cadê o café prometido aos nossos alunos? Por que o plano de governo desta gestão virou uma piada? Até Hipismo consta no plano, esporte caríssimo que levaria uma fatia considerável da nossa verba mensal, no primeiro cavalinho de raça que comprássemos.
Realmente, quando dizem que Ribeira é um caso para séculos de transformação, teimo em não querer acreditar. Podemos ter uma cidade mais justa e digna melhorando, principalmente, a Educação. No entanto quando vemos pessoas pautarem e alardearem as suas atuações com fogos de artifício (e depois falarei sobre eles), a partir da resolução de simples questões burocráticas, percebemos que não é tão simples assim.
Agora, por favor, vamos trabalhar mais, ter mais cuidado com os nossos jovens, as nossas crianças, os nossos idosos. Que o atual governo comece tratando bem as pessoas, inclusive pagando as promessas e mantendo as posturas da campanha. As portas que viviam abertas antes da eleição, devem estar abertas depois das eleições.
Como seres pensantes precisamos problematizar a realidade, compreender os sentidos. Quando fazemos isso, neste caso das inadimplências, notamos que transformá-las em plataforma política chega a ser ridículo. Ingenuidade tem limite.
Em suma, Ribeira precisa de projetos, e uma clara visão organizacional que promova transformações a curto, médio e longo prazo. Mas creio que os nossos políticos não costumam enxergar nada além dos seus umbigos, e não conseguem ouvir nada além de fofocas.
Quando entendermos que assim não evoluiremos, as coisas mudarão. Até lá, continuaremos acreditando que as inadimplências da prefeitura são as culpadas pelo nosso sofrimento, e não os nossos políticos.
Professora Daiane Oliveira (senhores governantes, a opinião aqui postada também foi culpa das inadimplências).
Olá professora! Gosto muito do blog. Gosto também da maneira que você escreve e se expressa embora não concorde com tudo (Risos). Achei muito interessante a alegoria do "Bicho-papão da inadimplência" que realmente não deve ser desculpa para tudo, mas que também não pode ser deixada de lado. Realmente para sanar inadimplências o caminho é o da negociação (e no caso de Ribeira do Amparo houve muitas Re-negociações), no entanto, algumas dessas irregularidades no caso particular de Ribeira não estavam meramente no desembolso de algo devido e sim na prestação de contas de repasses de convênios que já haviam sido efetuados e, teoricamente, já concretizados na comunidade. Para tal seriam necessárias documentações que o município não dispunha em conseqüência de gestores anteriores ter levado sabe-se lá porque cargas d'água. O caminho mais curto para a realização dessas prestações de contas foi o judicial que notoriamente demanda tempo. Gosto muito de contar uma história que inventei após minhas andanças por aí. Vejamos:
ResponderExcluirDigamos que eu a convido para uma caminhada da sede do município até o povoado do Raspador no horário de meio dia. Imagine com esse calor uma caminhada nesse horário. No meio do caminho certamente você sentirá sede e eu digo a você que assim que chegarmos ao povoado eu lhe darei um copo com água. Então continuamos a nossa jornada e você sonhando com o prometido copo d’água. Chegando ao nosso destino ao invés do prometido eu lhe dou um copo com dois dedos de água morna... Meia hora depois mais um copo com três dedos de água natural... Mais uma hora e eu lhe dou um copo com água gelada. Para quem está com sede seria possível ter paciência? O povo de Ribeira do Amparo levou mais de quatro anos com sede. Para quem espera a demora é insuportável.
Certamente muita coisa tem que ser acertada e melhorada. Mas não se pode fazer tudo uma vez que existem limitações inclusive técnicas. Os problemas citados na matéria sempre existiram e eu pessoalmente já ouvi de pessoas não inseridas no contexto que agora está melhor do que antes. O que não é desculpa para algumas imperfeições.
No todo louvo o texto e mais ainda a iniciativa. Afinal de contas toda unanimidade é burra.
A fortaleza das idéias é protegida pelo exército das palavras. (Por: Maxuell Santana – Eu mesmo)