ESCOLA DE QUALIDADE
EMBARGADA PELA DIREC EM CIPÓ
“Pense num absurdo, na Bahia tem precedente”. Mesmo quem nunca ouviu esta célebre frase de Otávio Mangabeira, famoso político baiano, concorda com a precisão absoluta da mesma.
A Bahia é uma terra que coleciona fatos absurdos, pitorescos, inusitados, surreais, dentre outros adjetivos. Não faz muito, por exemplo, vimos cair o Secretário de Educação do nosso estado por ter saído numa revista oficial uma tirinha do Chico Bento usando um palavrão monossilábico, em resposta a provocação de outra personagem.
“Pense num absurdo”, mas não o único certamente.
O que você diria, por exemplo, se uma das escolas públicas mais organizadas e eficientes da sua cidade, tivesse a matricula de 5ª série bloqueada pelo governo? Absurdo, claro. Pois é isso que está acontecendo com uma das melhores escolas de Cipó, onde é crescente o número de alunos à sua procura: Escola Maria Macedo, antigo Sinhá Dantinhas.
Pelo que se sabe a DIREC 11, mui zelosa com a qualidade da educação, proibiu que houvesse matricula lá. A alegação da DIREC 11 para supostamente justificar tal contra-senso é de que nesta escola há muitos REDAS. PORÉM, ONDE NÃO HÁ MUITOS REDAS NESTE ESTADO? O que não falta é professor contratado pelo próprio governo. Se este for o critério tem que embargar a educação de toda a Bahia.
Aprofundando a questão, sigamos as pistas do que talvez esteja por trás deste imbróglio, ao analisarmos alguns números.
Ano passado a Escola Santos Dummont (do município) n teve nenhuma classe de 5ª série. O Edvaldo Boaventura (do município) só teve uma classe, e em breve praticamente não existiriam classes de 5ª série no município.
Enquanto isso a ESCOLA DO ESTADO MARIA MACEDO EMBARGADA ARBITRARIAMENTE PELA DIREC 11, SÓ ano passado contou com 3 classes de 5ª (com mais de 40 alunos cada) e este ano iria bater o recorde de matrículas nesta mesma turma, pois mais de 150 alunos já tinham reservado vagas no início de dezembro.
O que nos parece tudo isso? Um Governo do PT desaprovado espontânea e conscientemente nas suas matriculas, sendo beneficiado por sorte ou intencionalmente pela atitude ABSURDA da DIREC 11.
Quem são os técnicos e pessoas responsáveis por tal atitude? Será que teriam alguma ligação partidária ou alguma indicação de políticos que atuam nesta região? Será que embargaram outras escolas por causa disso? Será que a nossa DIREC se prestaria a este papelão, subestimando a inteligência dos seus professores ao usar desculpas esfarrapadas para abortar processos e projetos, de quem acredita no seu papel de educador?
Infelizmente não existe resposta para o absurdo, ele por si só é a resposta que comprova a política tosca que comanda a educação neste estado e na nossa região. Por aqui o aluno é o último a ser ouvido, mas o primeiro a ser “caçado”, já que para os nossos diletos políticos cada um deles é uma cifra que engorda os cofres das prefeituras em sangrias constantes.
O que deveria acontecer de verdade não era se proibir que as famílias escolhessem o melhor para os seus filhos e filhas, ao optarem pela escola que acreditam. O que deveria acontecer era proibirem determinadas pessoas de terem o poder de definir, legislar sobre as nossas vidas, baseadas em interesses duvidosos, em politicagem barata, em ações apelativas de quem não se garante de outra maneira a não ser passando a rasteira em quem ousa se manter honesto e na luta por uma Educação de Qualidade.
Bingo para Otávio Mangabeira!
Os interesses dos aliados dos poderosos acabam por prevalecer sobre os interesses públicos - nesse caso, sobre a educação do povo. É mais um golpe que contribui para perpetuar esse vício, que é a eleição de quem não entende o significado do bem público ou de quem se aproveita dele.
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