Conhecido como seu Nezinho, Manuel Rodrigues da Silva nasceu em Vila do Amparo no dia 11 de Setembro de 1907, filho da senhora Maria da Silva e do senhor Vinda da Mia Rodrigues Damascena. Isso mesmo, 103 anos de muita história!
Começou a vida no mercado de trabalho com 18 anos, como pedreiro e barbeiro, trabalhou no Grande Hotel de Cipó em 1949. Casou com Almerinda Francisca de Santos no ano de 1931. Tiveram oito filhos (Raimundo, Nelito, Apolônio, Anisia, Creuza, Duva, Maria, José), e ficou viúvo com 84 anos.
Na entrevista seu Nezinho nos falou sobre a construção da Igreja Católica, que o senhor Vicente Ferreira de Cristo e o Padre Mendonça tomavam conta das obras. Que na nossa igreja existem duas paredes, uma de adubo e outra de "mussurica" (eram encontradas num terreno de um senhor que se chamava Ioiô Velho) para a construção da Igreja.
Ele comentou sobre Lampião que andava pela nossa cidade, e só vivia na casa do Padre Mendonça, onde ele e os companheiros se sentiam à vontade. Em Vila do Amparo Lampião não fazia mal a ninguém, mas depois que saia da cidade não se sabe.
Muitas pessoas que fazem parte do nosso passado já se foram, ainda bem que Seu Manuel continua vivo para nos contar sobre o passado da nossa cidade.
Equipe 01
Segundo Ano D
NOTA
Durante muito tempo a ciência histórica imposta pela Europa, desconsiderou os relatos orais como fontes para se estudar os acontecimentos do passado. A própria idéia de pré-história aponta para isso, pois considera história apenas o que veio depois da escrita, determinando que as culturas orais, portanto, não possuíam uma História capaz de ser resgatada.
Com as críticas e modificações à História tradicional, hoje podemos utilizar relatos, como o de seu Nezinho, para reconstruir a dinâmica do nosso passado, e com isso compreender melhor a nossa existência, salvaguardando a nossa memória coletiva.
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